Discípulo do Mestre de Nazaré e também escritor, articulista, professor e administrador (detalhes).

domingo, 28 de abril de 2013

Não por Força, nem por Violência...




“Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4:6).

Sabemos que Deus é soberano e que tudo o que ele faz dura para sempre. Deus está no controle, mas como somos teimosos, às vezes... No entanto, nos perguntamos: até que ponto Deus intervém nas circunstâncias, visto que é onipotente, para trazer-nos ainda que à força, para o centro de um projeto maior? Até onde Deus investe os recursos da economia divina para quebrar a resistência de um coração duro, como fez com Faraó, do Egito, por ocasião do Êxodo dos hebreus?

Na verdade, Deus – ainda que o possa – não se deleita em agir pela força, até porque ele é amor. Antes de uma medida extrema, Deus nos admoesta e chama a atenção, como um pai amoroso corrige ao filho que ama. O desejo de Deus é que tenhamos os ouvidos atentos aos seus conselhos e que, naturalmente, desçamos do pedestal para poder ver o melhor caminho: “Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; aconselhar-te-ei, tendo-te sob a minha vista” (Salmos 32:8).

É um privilégio receber conselhos do Todo-Poderoso, mas nem todos entendem isso e resistem, por motivos variados, a convencer-se de que Deus tem o melhor para cada um de nós. Por isso sujeitam-se a um tratamento mais enérgico, não por um mau propósito, para o seu próprio bem: “Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio; de outra forma não se sujeitarão” (Salmos 32:9).

Uma ilustração que talvez esclareça melhor a situação descrita é a de uma pessoa andando numa esteira ergométrica. Ela anda, anda, mas não sai do lugar. Talvez você pense que está indo na direção que você quer, mas na verdade a esteira da providência divina está sendo arrastada para o centro do desígnio de Deus. Se você insistir o máximo que vai conseguir é se cansar... Mas que é o tempo diante da eternidade?

Às vezes o modo como Deus age, para o leigo, parece muito estranho. Afinal a lógica divina não pode ser contida na nossa racionalidade, limitada e condicionada por uma visão de mundo muito particular. Mas tudo o que Ele faz é sempre para o nosso bem. Medite: "Muitas são, Senhor, Deus meu, as maravilhas que tens operado e os teus pensamentos para conosco; ninguém há que se possa comparar a ti; eu quisera anunciá-los, e manifestá-los, mas são mais do que se podem contar" (Salmos 40:5).

De tudo o que foi dito, podemos depreender que Deus é amor, que ele corrige ao que ama, e que se confiamos de verdade no seu amor, jamais seremos desamparados ou frustrados na nossa fé. Portanto, continue firme, certo de que tudo está sob seu controle. Descanse nele e seus desejos serão estabelecidos.

sábado, 27 de abril de 2013

A Imutabilidade de Deus



Deus não muda. Ao contrário das coisas imperfeitas ou em construção, que para evoluir precisam mudar, Deus é - sempre - o Grande "Eu Sou". Ele continua sendo um Deus Santo, Piedoso, Misericordioso (ainda bem): "Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” (Malaquias 3:6).
A imutabilidade de Deus, portanto, é um dos seus atributos mais evidentes: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação" (Tiago 1:17). "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente" (Hebreus 13:8).
Deus é sempre o mesmo. Nós é que mudamos, somos inconstantes às vezes, nos deixamos oscilar como as ondas do mar: "...aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento" (Tiago 1:6).
Ora, precisamos amadurecer, crescer: "para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina..." (Efésios 4:14); "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" (1 Coríntios 15:58).
Deus não muda: o que era santidade no passado continua sendo santidade hoje. O que agradava ao Senhor na época de Abraão, Isaque e Jacó é exatamente aquilo que o agrada ainda hoje. Também o que Deus abominava no passado, continua a abominar hoje. Mudam os costumes, os tempos, a tradição, os hábitos, mas os princípios e os valores da eternidade são, como Deus, imutáveis e inalienáveis: "Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre" (1 João 2:17).
A Palavra do Senhor reflete o seu caráter. Como tal, ela também não muda. Precisamos estar atentos, porque o mundo, os costumes, a cultura, as tradições - tudo isso muda - mas Deus está acima da temporalidade do mundo; as suas palavras são eternas: "Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão" (Mateus 24:35).
Se Deus falou, obedeça; se prometeu, acredite; se deu ordem, faça; se mandou ir, então vá. Nele há segurança! " ...porque o Senhor Deus é uma rocha eterna" (Isaías 26:4b).

sexta-feira, 26 de abril de 2013

JESUS: Luz da Vida, Sol da Justiça, Lâmpada de Deus

Montanhas sob o sol vespertino: Cercanias de Jerusalém (2010)
"[...] e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro. E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa [...]" (Apocalipse 21:18,19). Quando lemos este trecho do Apocalipse, pensamos na riqueza da Jerusalém Celestial e, naturalmente, somos levados a pensar no valor dos bens materiais, sua beleza tangível, como se nada os sobrepujasse.
Mas uma leitura mais atenta vai mostrar que a glória da cidade não estava no ouro e nem nas pedras preciosas. A sua luz e glória emanam do próprio Deus, em cuja presença há abundância de alegria. Diante dele, todos os esplendores (vãos e terrestres, como diz o hino) se desvanecem. "E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada" (Apocalipse 21:23).
A nossa lâmpada, a fonte de luz verdadeira que ilumina todo o nosso caminho, é o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, aquele que foi morto, mas reviveu. O que se humilhou até à morte (e morte de cruz), porém Deus o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todo nome. Quando viu a manisfestação do Filho de Deus, João reconheceu que "ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo" (João 1:9).
Em sua trajetória iluminada, Jesus proferiu palavras de vida eterna, e o fez com tanta autoridade e maestria que Pedro exclamou: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna!" (João 6:68).
Muitos querem se apropriar do ouro que perece, das jóias que envaidecem, do brilho do cristal - que fiquem com eles. Mas em Deus, somente, há riquezas e delícias perpetuamente, valores que não murcham, glória que não se ofusca, alegria que não se finda. Jesus mesmo nos confirmou que Deus é LUZ e nele não há treva nenhuma. É isso mesmo! Se o caminho está escuro e parece que o fulgor da vida já se apaga, busque comunhão com Deus. Achegue-se ao Pai das Luzes e descubra, como Davi, que "pelo resplendor da sua presença brasas de fogo se acenderam" (2 Samuel 22:13).
O fogo do Espírito Santo não se apagou! Há vida em Deus para você! Há calor e aconchego em seus braços! Há chamas que ardem, mas que não consomem, como a sarça que Moisés viu no deserto. Viu e estranhou, porque o arbusto não se consumia... mas quando se aproximou para ver que fenônemo era aquele, ouviu uma voz: "Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa" (Êxodo 3:5).
Precisamos nos aproximar de Deus, mas não podemos nos achegar de sandálias sujas, porque na presença do Senhor há santidade! "[...] a santidade convém à tua casa, SENHOR, para sempre" (Salmos 93:5). Portanto, "cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa" (Hebreus 10:22). 
Cheguemo-nos... (a direção é esta). E mesmo sabendo que não podemos nos chegar a Deus de qualquer maneira, não vamos permanecer longe dele. Não nos apartemos do Senhor! Quando ele faz a ferida, quando nos corrige é por amor, mas ele mesmo provê a cura: "Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida" (Oséias 6:1).
Não é propósito de Deus nos manter apartados da sua presença, ainda que seja uma presença santa, gloriosa, poderosa, maravilhosa! Deus nos criou para termos comunhão com ele no Espírito. E assim pregamos a todos os homens esta palavra de reconciliação, por meio de Jesus Cristo, o anunciador de Boas Novas, a luz que se manifestou para por fim às trevas da nossa ignorância espiritual. E, nessa missão, fomos chamados "para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados" (Atos 26:18).
"Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo" (2 Coríntios 4:6). Como disse o profeta Malaquias (4:2): "Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o SOL DA JUSTIÇA e salvação trará debaixo das suas asas". Amém!