Refazendo o caminho do Êxodo (Egito - 2010) |
O povo de Israel, depois de muita
luta e aflição, conseguiu sair do Egito. Mas a jornada no deserto levou muitos
a murmurarem contra Moisés e contra o Senhor: "Tiraste-nos do Egito para
morrer neste deserto? Pelo menos lá a gente tinha comida, tinha água..." E
o povo reclamou tanto que o Senhor mandou codornizes, uma espécie de ave, as
quais vieram voando e caíram sobre o acampamento do povo.
Depois faltou água e Deus ordenou
que Moisés falasse à Rocha e jorrou água com abundância. Em todo o tempo a
providência de Deus não deixou faltar nada, as sandálias e as roupas não se
envelheceram em todos os anos que o povo peregrinou no deserto. De noite havia
uma coluna de fogo para aquecer o povo e de dia uma nuvem os protegia do sol
implacável.
Contudo o povo murmurou tanto
contra Deus, tamanha a sua falta de gratidão e incredulidade, que toda aquela
geração pereceu no deserto. Somente a geração seguinte chegou a pisar na Terra
Prometida, exceto Josué e Calebe.
No capítulo seguinte dessa
história, temos o episódio dos 12 espias que foram sondar a terra, antes da
conquista. O deserto ficara para trás, mas ainda havia um desafio final. Deus
havia prometido uma terra que manava leite e mel, mas quando chegaram lá, qual
não foi a surpresa – a terra estava ocupada; ela tinha donos; não estava
disponível; havia gigante habitando a terra. Mas não era a Terra da Promessa?
Claro, mas eles teriam que lutar para conquistá-la.
E de todos os que foram olhar e
observar a terra, somente Josué e Calebe, voltaram confiantes: "Sim, a
Terra tem gigantes, mas Deus é conosco. Vamos à luta e Deus nos dará vitória".
Mas os outros 10 espias, todos eles, se deixaram amedrontar pelos inimigos e
desencorajaram o povo.
Resultado: Deus deu vitória, mas
somente os que creram puderam pisar na terra, depois da sua conquista. Depois
da morte de Moisés, Josué recebeu unção, isto é, a capacitação de Deus, e
conduziu o povo até o destino, a tomarem posse da herança.
Não foi fácil, como não é fácil
para nenhum servo que passa pela experiência do deserto. No deserto há
sequidão, calor, fome e sede. Mas depois do deserto, vem outro desafio. A terra
que chegamos a contemplar e que Deus nos conduziu até ela, não está vazia; tem
habitante estranho. Qual será a nossa atitude? Será que vamos murmurar como
fizeram os israelitas no deserto, ou vamos sair rompendo em fé?
Na verdade, o justo vive da fé e
não recua nunca. Os desafios da caminhada estão postos para todos, mas enquanto
o pessimista só vê derrota, os vencedores vêem degraus para a vitória. Que
diremos, ante o desafio?
"Que diremos, pois, a estas
coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu
próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também
com ele todas as coisas?" (Romanos 8:31-32).