Discípulo do Mestre de Nazaré e também escritor, articulista, professor e administrador (detalhes).

sábado, 17 de agosto de 2013

Deserto e Pós-Deserto: Lições que não podemos esquecer...

Refazendo o caminho do Êxodo (Egito - 2010)
O povo de Israel, depois de muita luta e aflição, conseguiu sair do Egito. Mas a jornada no deserto levou muitos a murmurarem contra Moisés e contra o Senhor: "Tiraste-nos do Egito para morrer neste deserto? Pelo menos lá a gente tinha comida, tinha água..." E o povo reclamou tanto que o Senhor mandou codornizes, uma espécie de ave, as quais vieram voando e caíram sobre o acampamento do povo.
Depois faltou água e Deus ordenou que Moisés falasse à Rocha e jorrou água com abundância. Em todo o tempo a providência de Deus não deixou faltar nada, as sandálias e as roupas não se envelheceram em todos os anos que o povo peregrinou no deserto. De noite havia uma coluna de fogo para aquecer o povo e de dia uma nuvem os protegia do sol implacável.
Contudo o povo murmurou tanto contra Deus, tamanha a sua falta de gratidão e incredulidade, que toda aquela geração pereceu no deserto. Somente a geração seguinte chegou a pisar na Terra Prometida, exceto Josué e Calebe.
No capítulo seguinte dessa história, temos o episódio dos 12 espias que foram sondar a terra, antes da conquista. O deserto ficara para trás, mas ainda havia um desafio final. Deus havia prometido uma terra que manava leite e mel, mas quando chegaram lá, qual não foi a surpresa – a terra estava ocupada; ela tinha donos; não estava disponível; havia gigante habitando a terra. Mas não era a Terra da Promessa? Claro, mas eles teriam que lutar para conquistá-la.
E de todos os que foram olhar e observar a terra, somente Josué e Calebe, voltaram confiantes: "Sim, a Terra tem gigantes, mas Deus é conosco. Vamos à luta e Deus nos dará vitória". Mas os outros 10 espias, todos eles, se deixaram amedrontar pelos inimigos e desencorajaram o povo.
Resultado: Deus deu vitória, mas somente os que creram puderam pisar na terra, depois da sua conquista. Depois da morte de Moisés, Josué recebeu unção, isto é, a capacitação de Deus, e conduziu o povo até o destino, a tomarem posse da herança.
Não foi fácil, como não é fácil para nenhum servo que passa pela experiência do deserto. No deserto há sequidão, calor, fome e sede. Mas depois do deserto, vem outro desafio. A terra que chegamos a contemplar e que Deus nos conduziu até ela, não está vazia; tem habitante estranho. Qual será a nossa atitude? Será que vamos murmurar como fizeram os israelitas no deserto, ou vamos sair rompendo em fé?
Na verdade, o justo vive da fé e não recua nunca. Os desafios da caminhada estão postos para todos, mas enquanto o pessimista só vê derrota, os vencedores vêem degraus para a vitória. Que diremos, ante o desafio?

"Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?" (Romanos 8:31-32).